26 abril 2012

Brazilian Pie

2k12

Fui assistir American Reunion no cinema sozinho. Precisava rir.
Mas o post não é sobre como consigo assistir filme sozinho no cinema e montar todo um discurso sobre a importância da individualidade do ser.
Esse post é sobre uma menina-mulher e um pseudo-homem.

Cheguei na sala de cinema. Meu lugar era R15. Centrão mesmo.
(bom de sair sozinho é que você não tem que se preocupar com o bem estar de outro. convenhamos que às vezes ser educado é um saco.)
Chegando na fila R, me deparei com uma garota que não me era estranha.
Olhei para o rosto dela e lembrei que era da academia. Estava bem arrumada. Devia estar esperando alguém.
Hora do filme chegando, ela olha para o celular.
Comerciais passando, ela olha para o celular.
Trailer, filme, créditos finais, um olho na tela, outro no celular.

Ela foi embora sozinha e eu fiquei para ver o soundtrack nos créditos finais. Mania minha. Depois fui para casa a pé. Gosto de andar e ficar viajando no filme e no que eu poderia comentar sobre no blog ou no filmow... mesmo que no final não escreva nada que eu estava pensando. Talvez até escreva, mas não publique.
Enfim.
No meio do caminho dei de cara com quem?
Ela novamente.
Estava parada com uma cara de incrédula olhando para um carro. Não pude identificar de primeira quem estava dentro dele. A pessoa de dentro balbuciava algo, mas não pude escutar o que era. Com certeza não era algo romântico.
Só imaginei o que poderia ter acontecido. Andei devagar para verificar quem estava dentro do carro. Ele passou por mim e acabei vendo quem era. Mais uma pessoa da academia. Um playboy riquinho e fortinho.
(fortinho inho mesmo porque eu pego o mesmo peso que ele no bíceps/tríceps e nos exercícios de perna pego o triplo de peso dele. rá!)
Abri um sorriso como quem diz "típico" e todo o quebra-cabeça se encaixou.

Essa história de menina que fica com o cara mais bonito do colégio/academia/faculdade e o cara não liga a mínima pra ela é mais clichê que qualquer outra coisa.
Daqui há alguns anos, essa mesma garota vai procurar caras como eu. Os mesmos caras que ela ria e zoava na época de colégio/academia/faculdade. Vai se perguntar por que não tem cara decente no mundo e no desespero vai se casar com qualquer um porque suas amigas "barangas" estão todas casadas e "felizes para sempre" com seus "amores".
(ser irônico requer muitas aspas.)

E se você é um daqueles que adora julgar e acha que ir ao cinema sozinho é algo triste e depressivo, te faço uma pergunta... quem foi infeliz: aquele que estava sozinho no cinema por opção ou por levar um balão?
É uma questão de perspectiva.
Ou não.





PS: O filme é muito bom!

Um comentário:

Gi disse...

Nada me incomoda mais do que pessoas que montam toda a história de terceiros que nem conhece baseado em pouquíssimos fatos disponíveis.

Anyway. Eu, particularmente, não curto fazer nada sozinha. Mesmo que não esteja com "alguém", estou com meus cachorros.

A pessoas sempre querem se sentir incluídas, seja o grupo que for. Nos bonitos, nos nerds, nos "in" e até nos "out". O negócio é nunca ficar de fora.
As pessoas bonitas sempre chamam a atenção. É um fato. Beleza atrai os olhos. Harmonia, conjunto da obra, detalhes, particularidades.

Só acho que, hoje em dia, as pessoas estão tão artificiais... todo mundo pode ser bonito. Basta ficar uns meses na academia, alisar o cabelo, tacar quilos de maquiagem...

mas acabou que meu comentário não teve a coesão que eu queria.. Pudera, o post também num teve lá muita coesão.