01 novembro 2013

WhatsApp com Ana Clara


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Me permiti utilizar certa licença poética.

"(...) É um porre você vestir o uniforme do sistema e ir trabalhar que nem um robô para garantir seu sustento. Na verdade nosso kit de sobrevivência.
Então, quando me formar pretendo participar de alguns projetos, de início sem fim lucrativo, só por hobby, sabe como é? Se der certo, que bom, ganharei dinheiro trabalhando com o que gosto, se não der, tudo bem, ainda é um hobby.
Atualmente trabalho com algo que não dá para mudar o mundo.
Então se não estamos curtindo essa corporatividade toda, o que podemos fazer?
O que o ser humano faz desde o início dos tempos. Podemos adaptar o ambiente para torná-lo agradável. Eu, por exemplo, pretendo fazer uma pós em algo fora da minha área e tentar algo onde realmente possa evoluir profissionalmente.
Pensa em um analista de sistemas com conhecimento específico também na área de humanas?
Não vou ganhar o mundo, mas com certeza não serei mais um a ficar preso em frente a uma tela até dar a hora de ir embora e assistir novela e dormir e trabalhar.
Quero ser uma mudança, que não seja no mundo, mas pelo menos na vida dos alguéns que eu passar.
E a questão do relacionamento pra mim se torna mais difícil, porque eu quero alguém que cresça comigo, que aprenda e ao mesmo tempo que me ensine.

Tô cansado de mulheres âncora.
Quero nadar até o topo, seja ele onde for.
Vamos deixar algo significante na vida, né?
Viver só por viver é que não pode."

Gardenal Sem Fronteiras

15 setembro 2013

WhatsApp com Elídio


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O que era pra ser uma simples conversa...

"E quem é que sabe o que quer aos 18?
A maioria das pessoas acham que sabem.
É tudo uma grande maquiagem.
Na verdade elas se sabotam falando que desde sempre escolheram cedo e certo, mas é mentira interna.
Por que mentem para si mesmos?
Ora, Nicol Bolas!
Quem é que quer aparentar taciturno em meio a uma multidão "feliz"?
A maioria quer pertencer a esse grupo nada seleto.
Então vamos comprar roupas de marca, iPhones, carros e encher o cu de bebida... é disso que vive nossa sociedade.
Desse sorvo cíclico.
E aí sobram pessoas como nós.
Que não admitimos felicidade, embora sejamos aqueles que levam sorriso fácil as pessoas.
Temos a síndrome do palhaço.
Então a culpa é nossa por enxergar a vida sem lentes manipuladoras?
Tudo bem, assumamos uma culpa por essas pessoas.
Síndrome de Jesus Cristo?"

06 setembro 2013

Gostar Dos Defeitos... É Possível?

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Já fiz um post parecido, mas não dei ênfase a essa parte.
O quanto de defeito é suportável para manter uma relação?
Até que ponto é válido?
É válido?
A resposta é um "je ne se pais" clássico.

Estou tão amargurado que já não sei mais o que é tolerável ou não.
E a palavra é essa mesma: tolerância.
E o que vejo por aí é um crescimento intenso da intolerância do povo.
Não falo da intolerância dos vinte centavos, falo da intolerância em relação ao outro ser humano, onde em uma briga idiota se destrói uma relação, seja ela de amizade ou algo mais.
As pessoas namoram e terminam, casam e se divorciam, compram e jogam fora, na mesma velocidade que trocam de celular. Ou até mais rápido.

E é aí que eu penso.
Onde está aquela discussão onde ambos expõem seus pontos de vista e tentam chegar a um consenso?
É difícil, eu sei.
É preferível fugir de algo que o perturbe, mesmo que momentaneamente, do que lutar para que isso não mais aconteça.
Às vezes as pessoas apanharam tanto que cansam de lutar. Não sei se cheguei a esse ponto. Espero que não.

É aí que entra algo não muito novo, porém "divertido" na minha vida. Uma nova forma de conhecer as pessoas.
Observando seus defeitos. Incitar a pessoa a demonstrar/falar algo que supostamente você não vá gostar em uma primeira conversa ou encontro. É arrancar sua máscara, antes que seja tarde.

E tem como fazer isso de várias formas:

1 - Qual seu hobby? ("Não, não é aquilo que você usa quando sai do banho, é o que você gosta de fazer mesmo.")
2 - Livro preferido? ("O quê? Você não gosta de ler?")
3 - Filme preferido? ("Avatar, Transformers e todos do Adnet? Legal...")
4 - Curte teatro? ("Só assiste comédias de Miguel Falabella?")
5 - Faz o que da vida? ("Desistiu de Medicina e tá em dúvida entre Administração ou Educação Física... sei.")
6 - Que tipo de música? ("Não conheço esse tal de Cone Crew. Só o Koni Store... vamos passar lá pra gente comer?")
7 - Tipo de comida? ("ah sim... você prefere o podrão da Central...")

Viu como é fácil fazer um filtro no meio de uma conversa informal?
Tem que ser muito tarad..burro pra tentar buscar uma relação com alguém que você não se deu bem de primeira.
Dizem que o que vale é a primeira impressão... o problema é que essa primeira impressão geralmente é a física. E nos tornamos surdos porque o hormônio fala mais alto.
Normal desde a época do Neanderthal.
É um esforço danado para perceber de antemão o erro cometido ao decidir escolher ficar com pessoas com defeitos que se sabe que não vai suportar, mas tem gente que coloca na cabeça que talvez o(a) parceiro(a) vai mudar com o tempo.

Você o conheceu daquela forma, pode mudar uma coisa ou outra, mas sua essência é aquela.
Não muda completamente, e se e quando acontecer, você perde a atração por ela ter mudado radicalmente.

Eu falo por experiência própria e experiência entre conversa de amigos, lembrando que não sou o dono da razão. Existem exceções. Graças a De..o Cara lá de cima, que outros dizem estar entre nós ou até mesmo dentro de nós.
O certo é "Quem sabe?"

Respondendo a pergunta do título.
Bem...
Não vejo nada de mal em tentar algo com alguém que assista novelas e reality shows.
Não vejo nada de mal em tentar algo com alguém que leia Nicholas Sparks, Paulo Coelho e/ou 50 tons de cinza.
Não vejo nada de mal em tentar algo com alguém que só assiste filme dublado.
Não vejo nada de mal em tentar algo com alguém que não vá ao teatro.
Não vejo nada de mal em tentar algo com alguém que esteja fazendo pós graduação em Gestão Ambiental.
Não vejo nada de mal em tentar algo com alguém que é fã de Péricles e Thiaguinho.
Não vejo nada de mal em tentar algo com alguém que só come em Fast-food.

Contanto que essa pessoa não seja uma só.

Tradução: "Às vezes olho para as pessoas e me pergunto...
Sério? Esse é o espermatozóide que ganhou?"

03 junho 2013

Uma Verdade Sobre Ela

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Eu: "(...) E foi muito bizarro a forma que deu nossa conversa! Tudo se encaixava e cada vez que eu perguntava algo, procurando algum defeito, mais ela me surpreendia com tanta coisa em comum! Tudo se encaixava. Tudo! Você me entende?"

Psicóloga: "Entendo. De acordo com o que você me contou ela é do tipo de mulher que você se esforçaria pra ter algo sério."

Eu: "Sim, é isso! Mas pelo momento que eu estou passando, mais o único defeito que ela tem, eu não devo mais vê-la."

. . .

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Uma mensagem qualquer do meu smartphone para alguém importante:

"Então... é como eu falei com o Leo dia desses... já parei pra pensar no porque dela ser a única mulher a estar no topo do patamar.
Ela foi aquela primeira boa impressão que eu tive de mulher.
Boa não, ótima.
Se fosse só pela beleza, ela não significaria tanto, mas vamos aos fatos... eu sempre fui um zero a esquerda em relação a mulher, nunca me destaquei em nada, nunca fui bonito e ela me dava uma certa atenção sabendo como eu era e conhecendo meus defeitos. Nunca estivemos no campo da amizade, era sempre no limiar. Tinha algo a mais. Um carinho a mais. Afeto propriamente dito.
Ficávamos conversando no telefone de meia noite até as quatro da manhã sem nunca termos aquele silêncio também conhecido como falta de assunto. E isso não foi uma, porém várias vezes. Era tudo muito intenso e é assim q eu gosto de me sentir e ser. Hoje eu não posso ser intenso da forma que fui com ela porque a maioria das mulheres não entendem, se assustam, fogem.
Com ela não. Era tudo muito livre. Não havia tempo ruim até mesmo nas discussões. Ela pensava em mim antes de dormir, ela tirava fotos para mim - não do jeito safado que é nos dias de hoje -, ela confiava em mim. Me permitia ser eu mesmo. Foi por causa dela que deixei de me achar feio(isso é diferente de me achar bonito).
Ela era muito madura para a idade dela e tínhamos uma admiração mútua.
Nos falamos rapidamente por telefone esse ano e seu tom de voz delicado ao se referir a mim não mudou. Ainda me torno amolecido quando ela me chama pelo apelido.
Eu a amo, mesmo que nunca mais nos encontremos. Ela sempre será medida de comparação em relação a outras mulheres.
E ela sempre ganha.
Temo encontrá-la e tirar do patamar(metáfora para o coração?) a única coisa boa que se encontra nele.
Para ela dediquei a melhor carta de amor que escrevi durante minha vida.
Eu a amo.
De verdade."


PS: Em um momento de devaneio, também escrevi um pequeno texto dedicado a ela no meu blog de histórias: [INCOMPLETE] Episode: The Conversation With Death